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S.Oleum quer substituir Petróleo pela Macaúba.

A macaúba é nossa!

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S.Oleum quer substituir Petróleo pela Macaúba.

Indústria do petróleo é o principal parceiro potencial do negócio que surgiu graças à pesquisa da Universidade Federal de Viçosa, afirma ao Carbon Report o CEO da S.Oleum, Francisco de Blanco

Mariza Louven

“A macaúba é nossa” poderia ser o slogan da S.Oleum, adaptado da campanha que fez sucesso no fim dos anos 1940 para defender a nacionalização indústria petroleira no Brasil. A nova versão de “o petróleo é nosso” se encaixa no projeto da empresa, que está negociando a captação de US$800 milhões para reflorestar uma área de 35 mil hectares com a palmeira nativa brasileira e implantar a primeira de cinco unidades industriais previstas.

Francisco de Blanco - CEO SOleum

Em entrevista ao Carbon Report, o CEO da S.Oleum, Francisco de Blanco, diz que o maior interessado no projeto é a indústria do petróleo, pelo potencial do óleo de macaúba substituir um percentual relevante do insumo de origem fóssil. Outro atrativo é a semelhança da infraestrutura necessária para as duas atividades.

“Estamos no meio do processo de captação, que deve fechar até o fim do ano, para levantar US$ 30 milhões”, informa. No primeiro semestre de 2024, a empresa espera obter US$ 400 milhões em participações (equity) para plantar uma área de 35 mil hectares e construir o primeiro cluster industrial. Os US$ 400 milhões restantes deverão ser financiados por meio de dívida (project finance).

A meta é começar a produzir, até 2028, 300 mil toneladas de óleo vegetal por ano, 100 mil toneladas de farelos da amêndoa e da polpa da macaúba e subprodutos como duas toneladas de etanol por hectare. A opção é pelo sistema de agroflorestal, que inclui o cultivo de outras espécies entre as fileiras da palmeira. Segundo ele, esta etapa do projeto poderá gerar até três mil empregos.

Alta produtividade e capacidade de adaptação às condições climáticas mais desfavoráveis foram os principais critérios para a escolha da macaúba como matéria-prima. Esta espécie está adaptada a terras malconservadas e se desenvolve bem junto com outras, formando sistemas agroflorestais altamente produtivos.

Leia a matéria na íntegra.

 

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