Reflorestamento e Restauração de Terras Degradas
No cenário atual, marcado pelo compromisso global com a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), a busca por matérias-primas renováveis e sustentáveis é fundamental. O Acordo de Paris, firmado durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) por 195 países, estabeleceu metas ambiciosas para que os países se comprometessem com a redução da emissão dos GEE. Nesse contexto, as empresas estão se mobilizando para desempenhar seu papel na construção de um mundo mais sustentável e carbono zero.
É nesse contexto que nasce a S.Oleum, empresa dedicada a produção de matéria-prima sustentável, em larga escala com carbono negativo, cujo modelo de negócios é baseado no reflorestamento de áreas degradadas com árvores nativas da biodiversidade brasileira.
A primeira espécie nativa escolhida por nós é a macaúba (Acrocomia aculeata), uma árvore com predominância no bioma cerrado, fonte de matérias-primas sustentáveis, como óleos, gorduras, proteínas, fibras e biomassas e com características morfológicas que a tornam um vetor para a restauração de terras degradadas.
Vetor de Restauração de Terras Degradadas
A macaúba é uma árvore de porte médio, é uma espécie rústica, pouco exigente em termos hídricos, o que permite o seu plantio no bioma, caracterizado pelos solos precários (ácidos) e por longos períodos de estiagem. Por ser uma árvore de porte médio e sua copa permitir a passagem de raios solares, é possível fazer o seu cultivo consorciado com outras culturas através de sistema agroflorestal, o que promove a biodiversidade, mantém o solo coberto, facilita a infiltração da água da chuva e evita erosão.
Uma pesquisa realizada pelo professor Olinto Liparini Pereira, da Universidade Federal de Viçosa (UFV) em parceria com a S.Oleum, analisa a comunidade de fungos endofíticos presentes nos tecidos radiculares da macaúba. Esses fungos podem contribuir significativamente na aquisição de água e nutrientes pelas plantas, além de conferir proteção contra o ataque de patógenos radiculares. Eles crescem ao longo da rizosfera das plantas e do solo, estabelecendo relações com as raízes de outros vegetais, além de toda comunidade de microrganismos e macrorganismos que atuam na ciclagem de nutrientes e transformação da matéria orgânica no solo. Detalhe: Os microrganismos do solo são a parte viva da matéria orgânica e promovem a atividade biológica e saúde do solo.
A macaúba também se destaca por sua capacidade de interceptar a água da chuva, segundo a tese de mestrado de João Batista Lúcio Corrêa em Ciência Florestal, na Universidade de Viçosa (UFV), “Há evidências científicas de que, devido às suas características morfológicas, a palmeira macaúba (Acrocomia aculeata) favorece a interceptação de chuvas, apresentando volumes de fluxo de tronco relativamente altos mesmo em plantas jovens. A copa em forma de funil da espécie permite a condução de grandes volumes de chuva para seu caule, resultando na ocorrência de stemflow, mesmo com precipitações leves. Um alto volume de fluxo do caule pode ser considerado uma característica vantajosa, pois a água pode chegar ao solo com baixa energia cinética, o que favorece sua infiltração e minimiza os processos erosivos. Diante disso, também podemos inferir que a macaúba tem um grande potencial para ser utilizada em projetos de recuperação de terras degradadas, bem como na implantação de sistemas agroflorestais visando à recuperação de áreas de preservação permanente.”
Reflorestamento
O sistema agroflorestal da S.Oleum combina árvores de macaúba com agricultura e/ou animais por meio da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). É uma forma sustentável e regenerativa de agricultura que imita a natureza, criando sistemas diversificados, eficientes e amigáveis ao clima. Auxilia na restauração da fauna e flora tornando o ambiente semelhante aos ecossistemas naturais.
Na S.Oleum, estamos comprometidos com o reflorestamento e a restauração de terras degradadas. Até 2029, nossa meta é plantar 180.000 hectares de macaúba em sistemas agroflorestais em áreas degradadas ou com baixa fertilidade. Acreditamos que a macaúba pode ser o principal vetor de restauração do cerrado brasileiro e contribuir para a construção de um futuro mais sustentável auxiliando na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Junte-se a nós nessa jornada em direção a um futuro mais sustentável e de baixo carbono.