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A vez da macaúba

macaúba árvore nativa

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Brasil já domina a tecnologia para a produção em larga escala da macaúba que – além de ser fonte de alimento e energia – presta serviços ecossistêmicos. A procura por novas oleaginosas para ampliar a oferta de óleo no mercado nacional e mundial foi o mote do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) lançado em 2004. Tal contexto movimentou o mundo acadêmico, que começou a direcionar as pesquisas para a busca de novas matérias-primas. “Em 2007 integrei o grupo do professor Sérgio Motoike, da Universidade Federal de Viçosas – UFV, e começamos a pesquisar a macaúba [palmeira nativa brasileira] por ela ter características similares a principal planta de óleo do mundo, que é a palma”, diz Leonardo Pimentel, professor e pesquisador a UFV.

Passados 14 anos, o que era uma pesquisa inicial adquiriu musculatura e maturidade. “É o momento propício para esta cadeia produtiva ganhar escala no contexto brasileiro e mundial. Temos uma base tecnológica e uma curva de aprendizado na domesticação dessa planta. Além disso, há várias empresas desenvolvendo a cadeia produtiva numa escala razoável, o que dá credibilidade ao investidor sobre a produção de óleo vegetal que será usado na usina”, explica Pimentel.

No entanto, segundo o pesquisador, o que mais pesa a favor da macaúba é o fato dela responder às atuais pressões do mercado mundial. “A demanda global é por soluções concretas de fornecimento de alimentos e energia com sustentabilidade e com prestação de serviços ambientais”, explica o professor. A macaúba preenche todos os requisitos da atual conjuntura econômica de transição para uma economia de baixo carbono. Conheça algumas vantagens:

Características da Macaúba

RUSTICIDADE: A palmeira macaúba é uma espécie muito encontrada no bioma Cerrado e pouco exigente em termos hídricos. Enquanto a palma só de desenvolve em áreas de florestas tropicais com no mínimo 2 mil milímetros de chuva bem distribuídos ao longo do ano, a macaúba ocorre em regiões com longos períodos de seca e 1,2 mil milímetros de pluviosidade anual.

ADAPTÁVEL A SOLOS PRECÁRIOS: Devido a rusticidade da espécie, a macaúba pode ser cultivada em regiões de pastagens degradadas ou pouco férteis. Dessa forma, a expansão da cultura acontecerá em áreas marginais à agricultura convencional, locais em que outras culturas não se adaptariam. “Será um acréscimo de e não uma competição”, explica Pimentel.

MITIGAÇÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS: Além de demandar menos água, a macaúba é plantada em sistemas integrados, que consorciam o cultivo da palmeira com outras culturas agrícolas ou com pastagem e pecuária. Nestes modelos, a espécie tem o potencial de sequestrar 28,73 toneladas de CO2 por hectare ano.

FONTE DE ALIMENTOS e ENERGIA: Do fruto da macaúba se extrai entre 20% e 30% de óleo vegetal, que pode ser destinado para alimentação humana e para a produção de combustíveis avançados. O resíduo desse processo é um farelo proteico, que pode ser usado tanto na alimentação humana quanto na a fabricação de ração animal.

ALTA PRODUTIVIDADE: Entre as matérias-primas oriundas da macaúba, destaca-se a produção de óleo vegetal. Um hectare da palmeira resulta em 9 toneladas de óleo. Enquanto a mesma área de palma rende 3,8 toneladas de óleo; de girassol, 0,7 tonelada de óleo e de soja, 0,6 tonelada.

SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS: São os benefícios da natureza para a sociedade como um todo. Neste contexto, o plantio de macaúba em sistemas integrados ajuda na regulação do microclima, no sequestro de gases do efeito estufa, na reciclagem de nutrientes, que devolvem a fertilidade a solos degradados e ajudam na retenção da água e na produção de oxigênio.

DESPERDÍCIO ZERO: Nada se perde na produção da macaúba. Além dos frutos, a cada hectare da palmeira produz 10 toneladas de biomassa por ano, que pode ser usada na produção de bioeletricidade, biometano e combustíveis de segunda geração.

Por estas razões e por conciliar a produção de alimentos e energia na mesma área, a macaúba foi escolhida como o carro-chefe da S.Oleum, empresa dedicada à produção de matérias-primas sustentáveis com carbono negativo, em larga escala, para a transformação das indústrias de energia, química e de alimentos, por meio da restauração florestal.

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